Maricá: após crítica, Inea diz que não permitiu canal de drenagem antes por falta de necessidade Água em região alagada deve recuar assim que canal de escoamento for concluído
A água das chuvas que atingiu o condomínio residencial Carlos Marighela em Maricá, região metropolitana, deve começar a recuar no fim da manhã desta quarta-feira (2), depois que a Prefeitura da cidade concluir a construção de um canal ligando a lagoa da cidade ao mar. O prefeito de Maricá, Washington Quaquá, afirmou que houve alagamentos na região e que as 360 pessoas só ficaram desalojadas porque o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) não autorizava a construção do canal. Além de criticar o instituto, Quaquá xingou o governador Pezão.
Segundo o Inea, a construção do canal não foi liberada anteriormente porque “não havia necessidade”. Mas a construção seria liberada se a Lagoa atingisse o nível de 60 mm. Nesta segunda-feira (29), o nível chegou a 68 mm e a Prefeitura foi autorizada a abrir o canal. Nesta quarta, as obras devem ser concluídas.
O secretário de Defesa Civil do município, coronel Ricardo Nunes, afirmou que a Prefeitura tenta a liberação do canal há cerca de dois anos.
— A principal medida para a água recuar é conseguir fazer a ligação da lagoa com o mar. Essa área é cercada por muitos rios e canais. Como a Lagoa está muito cheia, a água fica acumulada. O prefeito vem tentando há dois anos a liberação da abertura do canal.
Prefeitura de Maricá aciona Marinha para ajudar a resgatar famílias em regiões alagadas
Uma das moradoras do residencial Carlos Marighela conta que o alagamento era previsível.
— Isso aqui foi mal aterrado. Vocês podem ver que as casas e os apartamentos estão abaixo do nível da rua. Isso vai ser assim toda vez que chover. Disseram iriam indenizar a gente. A gente quer saber o que vai acontecer.
https://noticias.r7.com/